domingo, 28 de setembro de 2008

leia ouvindo: Starlight - Muse

os cavaleiros o guiaram para um mundo distante. mas pra ele tanto fazia. era uma estela muito brilhante. o cavaleiro disse:
-você está na estrela mais brilhante do seu céu da terra. vá, faça o que quiser.
ele desceu do cavalo e não agradeceu. caminhou lentamente e prestou atenção nas coisas.
tudo era igual à terra, as pessoas eram iguais. letreiros luminosos mostravam produtos que faziam mal á saúde, muito neon, dinheiro e futilidade. mas ele apenas observava.
parecia las vegas, ou a times square. as pessoas olhavam pra ele e o cumprimentavam, parecia alguém importante. um político.

leia ouvindo - Take a Bow - Muse

ele sentiu o prazer de voar, caiu do cavalo.
não caiu, flutuou. apenas flutuou, sentiu a alma, a essência, era como o paraíso, "mas ele existe?" não sabia. não sabia se era certo, errado, mas existia, ele sentia, se é bom ou não não se sabe ao certo, mas ele girava, e quanto mais ele girava, mais ele queria girar. ele estava fazendo o que queria, e o que ele mais queria fazer naquele momento, girar no espaço gradativo de sua alma. ele se sentiu bem pela primeira vez na vida. pra ele não fazia diferença viver na terra, amar no céu ou queimar no inferno, ele se sentia bem.

leia ouvindo - Knights of Cydonia - Muse

chegou nas janelas e viu três cavaleiros vindo do céu em sua direção.
o do meio carregava uma enorme bandeira azul e vermelha e uma lança, o do lado esquerdo carregava uma espada e um escudo de ouro revestido de diamantes azul e vermelho, o do lado direito tinha um arco e uma flecha nas mãos.
ele viu que os cavalos voavam mas não se espantou.
o cavaleiro disse:
-você descobriu o caminho para o nosso vilarejo. venha com a gente.
ele apenas concordou e subiu no cavalo.
eles voaram em direção ao céu, que parecia não ter fim. até que chegaram ao espaço, onde era escuro e haviam muitas estrelas, como nos filmes de ficção científica. Ele apenas admirou.
todas as galáxias girando em espirais infinitas, vermelhas, brancas, rosas, enfim, uma infinidade de coisas e cores, como se ele tivesse tomado alguma pílula para dormir. como se ele estivesse sonhando ou algo assim, mas não era a mesma coisa pois ele sentia o cavalo, o cavaleiro, as asas, o céu. e pra ele tudo era como o paraíso.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

leia ouvindo: Ruled by Secrecy - Muse

Seu trabalho era estressante demais, ele não estava contente. Ver toda aquela quantidade de barulho e sujeira acumulada, pessoas falando, ele não ouvia ninguém, apenas uma música.
essa música era muito calma e transmitia um pouco de tranqüilidade ao seu coração.
Mas de repente a música deixou de transmitir apenas e tomou conta do ambiente. A música mudou de tranqüila para muito agitada, e, com um solo de piano, sua mente parecia estar em transe. Mas não, era real, e a cada batida nos pratos da bateria uma vidraça se despedaçava, e ele se via cada vez mais livre daquele tédio monstruoso. tudo se movia lentamente, e mesmo assim ele não conseguia acompanhar com os olhos. Todas as suas ferramantas caíram no chão e ele nem se importou, fechou os olhos e foi em direção às vidraças. Ele trabalhava no segundo andar.

sábado, 20 de setembro de 2008

poema do ataque

trancar os portões quando o melhor é agir
se falhar na missão só me resta fugir
me arrancam do meu lugar,
me exploram e cospem em meus pés
só me concentrarei em atacar
enquanto lanças me explodem no peito

tem gosto de pólvora ou algo assim
explosivo ou manso como o fim
já não há mais onde ficar
e eu não tenho paciência de esperar

cuspo o escarro quente e amargo
da garganta
agora só me importa a vingança
quando ontem fui derrotado
hoje é outro dia, serei o primeiro

a explodir teus moinhos
e te deixar sem abrigo
e trilhar o meu caminho
por cima de tuas cinzas

e assim como te piso,
como fui pisado ontem (?)
já que por onde andei não me deixaram entrar
em seus castelos de cartas

e então caminharei sozinho
e meu exéricito triunfante de formigas
batalharão de sol a sol
até sobrar apenas um

e você pagará cada tributo
cada centavo de sua riqueza
tão falsa quanto tua certeza
de que um dia tudo seria seu.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

hoje passei muito tempo caminhando e sem meu ipod, o que resulta em mais tempo comigo mesmo. parei pra pensar, há tanta coisa pra se pensar, e tão pouco tempo pra raciocinar tudo o que a gente tem na cabeça...
sempre assim, é só eu perder uns minutinhos comigo mesmo que uma idéia nova brota, como num passe de mágica, em minha mente.
não sei se devo passar mais tempo sozinho, ou ouvir mais meu ipod.
talvez eu deva ouvir mais meu ipod, senão eu fico louco.
ou então deva queimar meu ipod, pra não perder meus neurônios.
ah, mas se você leu essas linhas aqui, manjadas como são, releve, esqueça tudo o que eu disse e vá ouvir música. afinal, música é bom.

domingo, 14 de setembro de 2008

escarlate asfixia

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

eu continuo,

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

e assim vai

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

até que eu me canso:

inspiiiiiira
e pára.
tão estranho, esse meu jeito.
até eu estranho esse meu jeito.

sinto um tédio monstuoso,
uma vontade de sair,
um tremendo frio, um silêncio
e n s u r d e c e d o r.

estou errado
em parecer um idiota?
ah, mas eu gosto tanto!

só queria ser um poeta de verdade,
aí vocês me enteriam!

Um curto verso para um grande amigo

É tão difícil lembrar
Que só me resta esquecer
Que para continuar
Não vou pensar em você
Na minha cabeça, o seu nome a todo instante
Em meus sonhos você vem de tão distante
Pra me trazer de volta a paz
só de pensar que falta faz...
Em qualquer lugar você vem para me fazer crer
que mesmo longe estou perto de você
Mas mesmo assim não é o suficiente
pois eu já sei que não nos veremos novamente
e é tão difícil lembrar
dos meus dias com você
e meus dias sem você não parecem passar
E só me resta esquecer
Deixar tudo como está
e adormecer para tentar te encontrar

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hoje me peguei pensando em você. e sinto falta.