terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Como diria Meyer...

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim"


é, o tempo passou, assim como se passam segundos inconstantes pra formar um minuto, minutos inconstantes pra formar uma hora, horas incontantes pra formar um dia e dias inconstantes pra formar um ano.
Um ano se passou. Doze meses, trezentos e sessenta e cinco dias, oito mil setecentas e sessenta horas, quinhentos e vinte cinco mil e seiscentos minutos e trinta e um milhões e quinhentos e trinta e seis mil segundos. um ano, e sinto a mesma falta que senti depois de um dia sem você.
Não volte, você me ajudou a formar meu caráter, você está me ajudando a me tornar um homem responsável ou não, quem sabe um dia.
Um dia, quando eu estiver bem velho e não souber mais contar, vou lembrar de quando eu era moço e te ouvia dizer entre sons incompreensíveis a adultos: "Carpe Diem!"
Eu estou aproveitando, Kiko, por você.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

orgulho.

é, vou fingir que não vi. Fingir que não senti. Eu sei que ainda há uma forma de aliviar meu orgulho, mas não quero, poiso sou orgulhoso, egoísta e egocêntrico.
Sim, eu me amo, acho que tenho o controle de mim mesmo e sei que não preciso de você.
Tá, confesso que ainda é foda, não pra mim, porque sou forte, ou tento, mas é foda.
Mas ainda tem tanta coisa pra ver, sentir, provar, nem sei por onde começar. Só sei que a verdade é única, eu quero o mundo pra mim. É, eu sei que não é assim, mas eu quero, e ninguém vai me impedir.

"there's something that I need to feel
like breathing in sulfur."

essa vida amargurada, de sair por aí, e ser quem eu nunca fui, fazer o que eu nunca fiz, encarar de frente, saber a hora de parar, ou não parar nunca; é essa a vida que eu almejei.
estou fazendo com que o carrossel que a minha vida sempre foi gire cada vez mais rápido a ponto de me jogar pra fora e me causar um dano muito grave, mas que eu esteja bem o suficiente pra mais uma volta.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

um santuário;

sim, um santuário.
é lá que eu me descarrego.
mando embora meus demônios.
uso toda a minha força, e não sou o único.
grito, bato, apanho.
sinto minhas paixões à flor da pele.
me entorpeço de adrenalina na dor do nariz.
uso de artifícios nada artificiais.
tudo o que eu vomito no meio da roda sou eu.
escarro, sangue e suor, tudo no meio da roda.
mas não é só o meu. é o da roda.
todo o meu lado escuro.
tudo o que não é bom de se carregar.
todos os protestos, as manifestações.
todos os profetas, os messias, os salvadores.
todos estão lá, mas nenhum sequer liga pra mim.
me olham com cara de nojo, me avaliam.
me acham repugnante e sentem vontade de me esmagar.
eu sinto o mesmo.
isso me faz REALMENTE BEM
parece que não, mas
eu preciso de um moshpit.
talvez todos os fins de semana.