domingo, 18 de outubro de 2009

H.O.G.O.D.I.

bom, começa assim:
ontem, eu e minha garota havíamos acabado de comprar o ingresso pro show do Agnostic Front, em São Paulo. Passeávamos tranquilamente pela rua 24 de maio, quando um negro me segurou pelo braço e me ameaçou com uma suposta faca dizendo "eu não tô de brincadeira, me dá o celular ou eu te dou uma facada.". na hora fiquei perplexo, pensei que era brincadeira de fato, mas de fato não era. perdi meu celular, e parte de minha integridade, porque não fiz porra nenhuma.

hoje, assisti "American History X" (A Outra História Americana). um filme muito bom, que nos primeiros minutos me deu vontade de tatuar a suástica e raspar a cabeça por causa do maldito negro que levou meu celular. é, eu sei, é só um celular, mas era meu e ele não tinha esse direito. porém, fui assistindo e parafraseando com a minha realidade, a minha história.

como sou jovem, é natural minha cabeça bombar de idéias, mas como sou brasileiro, não concretizo nenhuma.

então, pra melhorar isso, eu vou começar a organizá-las aqui. não é nada sobre skinheads ou neonazismo, não quero ser um maldito racista que daqui cinco ou seis anos vai virar mulherzinha na prisão, e tampouco quero ser um idealista falho com retóricas falhas. dessa vez quero agir de verdade.

a verdade é que eu sou brasileiro, e meu país tem 509 anos de roubalheira. eu moro na casa da mãe joana, aqui a putaria rola solta, e ninguém faz nada, ninguém ouve e nem vê nada. aqui tudo é de todos e é por isso que somos assim.

ao contrário do que diz na bandeira, não temos Ordem. isso aqui sempre foi um caos, sempre foi português comendo índia a troco de espelho, branco comendo negra a troco de pinga, negro comendo branca por infidelidade e assim vai. até hoje.

então, eu lembro dos meus valores: HONRA, ORGULHO E GLÓRIA.

Honra porque eu tenho que eu tenho que honrar o nome da família, o meu sangue, a minha criação. e eu não digo de italianos ou portugueses baratos não, eu digo de Débora e Adriano, meus pais, minha base. o que vem por trás está muito embaçado e eu não consigo enxergar, e prefiro isso.

Orgulho porque eu tenho que me orgulhar do que sou, do que aprendi até agora e do que tô apanhando pra aprender. é difícil um jovem brasileiro como eu se preocupar tanto com a vida, e se orgulhar de tudo que tem. olhar pra trás e ver o alicerce que construiu e olhar pra frente e ver que todos os tijolos que vão construir seu palácio estão à sua disposição.

Quanto a Glória, é simples, porque se eu seguir as regras Um e Dois, eu alcançarei a Glória sem problemas.

Porém, com tudo isso passando pela minha cabeça, me vieram valores novos como Ordem, Disciplina e Integridade.

Ordem: um passo de cada vez, respeitando os meus direitos e deveres. quero organizar meus pensamentos, de modo a não ser uma máquina de trabalhar, mas também não ser um anarquista bobo.

Disciplina: aprender com os erros, e ensinar os mais novos. é difícil, mas é um dever. eu tenho que ensinar a meu irmão mais novo tudo o que eu aprendi. mas não dizer o que ele deve fazer, e sim mostrar tudo o que eu passei e fazê-lo escolher o melhor pra ele.

Integridade: é o mais simples. por mais que eu ame uma cerveja de vez em quando, tenho que manter minha mente focada neste objetivo. não posso me embriagar a ponto de perder a noção de tempo e espaço. é simples, basta não exagerar. posso beber cerveja, tequila ou o que for, mas tenho que proteger meu cu.

Então, relembrando meus valores:
HONRA, ORGULHO E GLÓRIA.
ORDEM, DISCIPLINA E INTEGRIDADE.


a partir de hoje, Quinta feira, 8 de outubro de 2009, eu realmente quero ser uma pessoa melhor. não sei se quero montar projetos sociais, ajudar os pobres ou coisas assim, mas quero elevar minha auto estima.

a partir de hoje, vou pensar em coisas que podem ajudar esse mundo sujo, seja plantando uma árvore, seja fazendo o que for.

a partir de hoje, não quero pensar em ódio ou coisas assim, quero apenas sair na rua tranquilamente, sem medo de que algum negro, asiático ou caucasiano me fure os rins e me faça sangrar mijo até a morte.

só que para isso, tenho que fazer alguma coisa, e não é ficar em casa trancado comprando coisas pela internet, e ouvindo o noticiário que me suja mais a mente. quero começar uma revolução. e essa causa talvez seja a mais forte, ou a mais utópica que eu já defendi, mas como minha garota me disse:
"a revolução começa com todo mundo de uma vez."

eu farei minha parte me honrando e me respeitando. usarei todos os ensinamentos de meu pai e minha mãe, para o bem, nunca para o mal. respeitarei o próximo, mesmo que ele seja outro assaltante perdido nas drogas.

eu realmente quero um mundo diferente para meu filho.

e tenho dito,
Lucas Panoni Oliveira.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

nina, não foi possível não ser romântico.

em todo caso, eu resolvi colocar na mesa as verdades. resolvi tentar provar pra mim mesmo que eu consigo provar que meu amor por você é verdadeiro, porque eu sei que o seu é verdadeiro e isso me faz sentir superior aos outros homens.
eu amo ouvir a sua voz. eu amo fazer você rir, eu amo você dizendo milkshake.
são detalhes minúsculos que passam despercebidos no cotidiano, mas que eu amo, como por exemplo, a forma com que seus tons de pele e cabelo combinam com suas roupas e com o clima do dia. ou a forma que eu aprecio cada detalhe do seu rosto, aproveitando cada microssegundo que te muda. é por isso que eu fico olhando meio bobo pra você.
confesso que já tentei, muitas vezes até, achar um defeito em você, algo que no futuro me faria pensar duas vezes. pensei: "não é possível, ninguém é perfeito, ela tem que ter alguma coisa que me atrapalhe"
mas não achei nada, e sendo assim, descobri, que ninguém é perfeito pro mundo todo, mas sim pra uma pessoa só, e no caso, você é perfeita pra mim e pronto acabou.
eu realmente vejo o futuro com você, eu realmente faço planos que envolvem você, eu realmente quero fazer tudo pra te ver sorrir.

você sabe, eu já tive "namoradas". mas nenhuma, e eu digo isso de verdade, nenhuma me fez sentir o que eu sinto por você em tão pouco tempo. não que o tempo influencie em alguma coisa, mas eu tenho plena certeza que o nosso relacionamento durará.

foi o que eu andei pensando e até escrevi num depoimento que foi apagado pelo orkut.
minha primeira namorada foi uma ótima esposa. poderia lavar minhas cuecas sem reclamar, mas se eu pegasse uma latinha de cerveja era briga. e eu queria experimentar as coisas.
bom, a segunda namorada me fez experimentar as coisas, mas se eu dissesse pra parar, era briga, e eu sou um cara muito tranquilo.

aí então, você apareceu, com todas essas fotos lindas e filmes em comum (isso há um ano atrás.) e eu te desejei, confesso. mas não foi só um desejo físico. eu via em você, não sei por que, a certeza de que você seria perfeita, eu juro.

bom, a história você já sabe, mas eu vou resumir.
te conheci, finalmente, conversamos, nos divertimos, e meus olhos brilharam quando você falou que gostava de rock rocket, que havia achado o coelho na lua, entre outras coisas. meu coração só confirmava que você era perfeita pra mim. mas eu não podia admitir, porque havia acabado de te conhecer, praticamente, porque se você me rejeitasse eu deveria seguir em frente, com o orgulho falando mais alto.
mas isso não aconteceu, e foi por isso que eu fiquei com vergonha de você nos primeiros dias.
era realmente muita coisa, e ainda é muita coisa, mas eu já acostumei. eu tinha medo de te assustar com amor demais, mas pra minha surpresa você também se entregou, e foi lindo.

bom, tá sendo lindo até hoje, nós temos os mesmos pensamentos, temos os pés no chão, temos traumas. mas o importante é que eu aprendi com o passado, como eu disse, e aprendi bem até, e agora eu tenho certeza que não vou te decepcionar em nenhum aspecto. porque eu quero ser tudo o que te faz feliz, porque eu amo desde o primeiro fio do seu cabelo até o seu dedão do pé.
porque eu sei que você me ama mesmo com a boca suja de frango. porque eu olho nos teus olhos e vejo a minha felicidade.

quero que você saiba que nada que tá escrito aqui é mentira ou exagero. é tudo de coração.
por mim eu imprimia isso aqui e sairia colando por aí, no portão das pessoas (tá, isso é exagero)
mas o fato é que eu quero sim, ser o melhor pra você.

eu te amo, Penélope Horvath Boriero.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

é amor, é bobo e é clichê, mas é verdade.

pouco tempo, muitos planos, nenhum erro.
eis que de repente estamos eu e você, e a vida nos guiando, meticulosamente, passo por passo.
há alguns dias atrás, eu me achava ridículo por ter vergonha de passar os braços ao seu redor.
hoje, eu olho pra você e penso: "o que foi que ela viu em mim?"
penso que isso tudo tá sendo muito bom, pra nós, porque o passado muitas vezes não honra o nome, e volta, tentando ser presente. mas nós dois sabemos que isso é insignificante, e o que importa é o que somos um para o outro.
hoje, você pra mim é 50% da minha vida. os outros 50% se resumem em: 25% na segunda trilogia de Star Wars - que eu já tenho - e 25% na primeira trilogia de Star Wars - que eu terei.
e já que você é a parte mais importante desse todo, e que o amor é suficientemente incontestável e incompreensível, então, Penélope, eu acho que te amo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

o passado é uma coisa engraçada.
mesmo você querendo que ele passe, ele não passa.
mas quando você vira as costas pra ele,
você põe ele no seu devido lugar,
e ele larga do seu pé, pra sempre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

mar, doce mar
por que todos falam de ti?

será por causa da maré
que leva embora embarcações
amores de outras estações
que o tempo não deixou ficar em pé

mar, doce mar
por que nunca sei o que dizer?

todos olham pra você
admiram seu movimento
e até nos piores ventos
você tem seus encantos

e eu sentado num canto bem longe do mar
percebi num cante rasgado o verdadeiro sentido de amar
e antes que você me encante te digo
o mar será meu abrigo quando o mundo acabar

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos

A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente
Dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 já não fazem nenhum sentido,
As datas, fatos e aniversários passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos

Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê- la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

(O Meu Mundo Ficaria Completo (Com você) - Nando Reis)
____________________________________________________

Precisa falar mais alguma coisa?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ah o amor, que há tempos não sentia.
aquela vontade de ficar perto,
aquele sentimento de querer bem,
aquela vontade de deixar o gosto da saliva pra sempre na boca.
aquela vontade de ficar ali, parado, observando prédios.
aquela vontade de não trocar aquilo por nada, nada mesmo.
aqueles planos pro futuro, ter filhos cabeludos e envelhecer juntos.
aquele medo de falar besteira, e acabar falando besteira por isso.
aquela risada sincera, depois de uma piada ridícula.
aquela barraca de pêras.
aquela música velha.
aquela cabeça no ombro.
aquele tróleibus confortável.

"eu não atravesso prédios, mas se quiser me dar a mão mesmo assim..."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

tem coisas que a gente não enrola
que pode dizer sem rodeios
como escrever meus anseios
num papel amassado de escola

te vi numa noite ingrata
quando tudo era chato e sem cor
e as tuas piadas sensatas
me fizeram crer no amor

e pela manhã descobri
o sol nos iluminou
e eu, palhaço que sou
só quero te fazer sorrir.

sábado, 22 de agosto de 2009

poema simples de um sentimentalista xulo

samba desconstruído, modernidade, ascensão
amor não correspondido, má situação
queria eu poder dizer, se puder eu digo não
mas você tá na tevê, e até no papel de pão

hoje mesmo no banheiro, debaixo do chuveiro
senti falta de seu cheiro e de todas as carícias
mergulhei na água quente, simplesmente
esperando que você nao volte de repente

minha vontade é te dizer, tudo isso que eu sinto
juro mesmo, juro mesmo, eu não minto, eu não minto!

acontece que você, já se enrosca em outros braços
e eu também, por minha vez, me contento com abraços
pernas que não são as suas - e que não chegam aos pés -
de garotas seminuas que garantem meu revés

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

e o aniversário do blog já foi e eu nem percebi!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Opa!

E eu saí de casa ás cinco da tarde, olhei pro céu e vi que o resto de sol que havia estava fazendo brilhar a lua. Juntei isso com as crianças jogando futebol na rua, com as garotas recém descobertas cheirando a cio e banho tomado, com o verde escasso e tomando pela poeira, com a senhora evangélica que cantarolava um verso bíblico - algo que eu não pude compreender por causa dos fones de ouvido - e finalmente, com a alvorada, percebi que o que o P.A me disse fazia sentido.

sábado, 1 de agosto de 2009

todos meus amigos, todos meus amigos

essa minha vida é engraçada.
eu me lembro quando eu era tímido, acho que até a sétima série, que eu tinha poucos amigos.
um, no máximo dois, amigos de verdade mesmo. amigos que eu podia contar qualquer coisa sem que eu fique com vergonha ou algo assim. todos na escola, sempre. nenhum aqui por perto.
então, veio a oitava série e eu comecei a me enturmar mais. acho que já tinha uma rodinha de mais de cinco moleques. todos falando besteiras e rindo, mas ainda na escola. nenhum na rua ou no bairro.
no primeiro ano de ensino médio foi difícil, mudei de escola. mas em compensação, comecei a trabalhar, e lá, conheci mais dois. me lembro bem do primeiro dia de integração.
no trampo, eu até que conversava com todo mundo, mas amigos amigos mesmo, só esses dois.
com o tempo, perdi a timidez, mas em compensação, ganhei amigos porção-única.
amigos porção-única, como no clube da luta, são as pessoas que parecem ser muito legais em um dia, você conversa, fica hoooras, conta da vida e troca teorias e experiências, e no outro dia, ou na outra semana, elas somem, ou você some.
ter amigos porção-única é triste, e a maioria das pessoas está sujeita a ter, com o avanço da internet e meios de comunicação facilitados.
eu estava fazendo um balanço de todos os meus amigos (falta do que fazer é foda.) e percebi que vários bons amigos que já passaram na minha vida sumiram. e ás vezes nem é culpa deles, ou minha, é que as coisas acabam e mudam e a gente sempre perde o assunto.
porém, há pouco tempo, ganhei amigos legais. amigos que tenho certeza que carregarei por um boooom tempo. pra sempre soa gay. amigos que me fazem sentir confortável, até numa noite chuvosa, dormindo num colchão individual no hall do prédio.

ahh, que a vida não leve esses amigos porção-única.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

straight edge? não. mais que isso.

não sei como dizer, não tem como explicar, não tem porque explicar e nem pra quem explicar. Mas é que eu tenho o péssimo hábito de dar satisfações a quem eu não conheço, e aqui, eu posso fazer isso de uma vez, pro mundo todo, pra quem quiser.
o fato é que a partir de hoje quero ser uma pessoa melhor, ou seja, uma pessoa limpa, sem vícios e sem vontades que possam machucar meu corpo e minha mente.
não, ninguém me convenceu de nada. não diretamente. ninguém ficou horas discutindo os prós e os contras de beber, fumar e etc.
ah, eu vi coisas que me deixaram meio assim, nenhuma novidade, não, mas coisas que me fizeram parar pra pensar.
eu não quero financiar, nem o crime ativo nem o passivo. eu não quero encher a cara e ficar por aí, trançando as pernas, sem saber pra onde ir, deitando no vômito dos outros e vomitando em cima. não quero estourar os meus pulmões só pra pegar aquela gatinha.
eu só quero evitar. não quero me rotular, bancar isso ou aquilo, só quero parar.
quero me perguntar, quero fazer o teste:
será que eu consigo tudo sendo apenas eu? do que o corpo humano é capaz sem nenhum aditivo?

verei.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Aprendizagem

é, minha gente, acabou.
por muito tempo, eu esperei por isso.
mas agora, eu não tenho certeza se era isso mesmo que eu queria.
primeiro, vencemos cinco leões cada um, superamos obstáculos, nos esforçamos, cansamos nossa mente, vencemos a primeira batalha. Entramos.
Por dois anos, passamos por bons e maus momentos. Brigamos, choramos, pensamos, colamos, conversamos, discutimos, bagunçamos, estudamos, rimos, brincamos, e etecétera. Não foi fácil.
Tirei zero em CNC. Fiquei puto. Fiz quatro recuperações de elétrica. Fiquei puto. Fui zoado por minha "excentricidade". Fiquei puto. Levei um fora. Fiquei puto.
Até que então, acabou a fase escolar e entramos na fase prática.
Acordamos mais cedo, tivemos sono, não conhecíamos ninguém, tivemos medo.
Aprendemos a respeitar os mais velhos, aprendemos a suportar os mais velhos, aprendemos a entender que as pessoas não pensam como nós.
Passamos por altos e baixos, literalmente.
Ouvi vinte mil reclamações pra dois elogios. Fiquei puto. Fui zoado pela minha excentricidade [2]. Fiquei puto. Ouvi alguém dizer coisas que me deixaram magoado. Coisas que me fizeram desacreditar na classe. Fiquei puto.
Foram três anos de pura convivência. Sendo um com o outro, sendo eu comigo mesmo. Sendo eu com um velho alcoólatra. Eu sei que um leigo diria: "tudo isso pra quê? estamos indo embora agora, não cumprimos com o verdadeiro objetivo, não cumpriram metade das promessas que nos fizeram, não teremos mais dinheiro pra nossas coisas. estamos mal-acostumados."
Eu seria um pouco mais sábio pra poder dizer:
"eu convivi. eu aprendi."

Minha razão está feliz, mas meu coração está triste. Sei que tem alguns que deram valor, se esforçaram, foram até o fim enquanto eu caminhava devagar, às vezes até empurrando com a barriga. E é por estes que eu estou triste. Mas saibam que todos nós aprendemos coisas boas que não se ensinam em instituições, e que usaremos, com certeza, para a vida toda.
Obrigado.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

putaquepariu,

que garota é essa
que me faz gaguejar quando aparece?
que me deixa sem palavras quando a olho?
que me faz querer dizer qualquer coisa, só pra vê-la sorrindo?
que me faz querer ter apenas uma foto, uma mísera foto minha no seu álbum?
que me faz querer ler todos os poemas românticos modernos e declamá-los, sem errar (e sem parecer ridículo), olhando em seus olhos?
que me faz querer conhecer todas as músicas que a agradam e dançar com ela?
que me faz pensar ser capaz de conquistar qualquer garota menos ela?
que me faz querer tentar uma vez, mas só querer?
que me seduziria até com um uniforme espacial?
que me deixa aliviado quando vejo "solteiro" em sua página?


é, faz muuuuuito tempo que eu te desejo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

a um amigo

eu só quero seu sangue no chão,
e na minha mão
e o meu sangue borbulhando
violência e vingança

também quero que você leia isso. não quero pegar ninguém pelas costas.
você sabe o que você fez.

sábado, 20 de junho de 2009

Perdão.

Meu pai minha mãe minha tia na janela
e o baseado na mão
parindo o baseadinho
que caiu da janela
e o nóia pegou no saquinho
e o pipa é meu
tá tudo louco no paço
minha letra é não

Nós

Baseado parido do céu
Pelo nóia baleado
No alto da janela
se bem que tem como
cê vem que eu te como
se bem que tem como
Nem eu man, tô escrevendo
usando umimeia
usando uma meia
no alto da janela
Havia um hamister
por que não?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Marchinha de Carnaval

moça, você não merece
nem meu pedido nem meu perdão
agora que eu tenho certeza
que o que eu sentia foi tudo em vão

Eu não sei onde eu tava com a cabeça
Em te pedir perdão por minhas desventuras
mas agora tenho certeza
Foram piores as suas aventuras


Pra você mesmo, que cagou no maiô.

domingo, 24 de maio de 2009

14:12

o quarto,
a janela fechada,
a luz apagada,
o computador ligado,
a tevê desligada,
a música alta,
a toalha na cama,
a roupa no chão.

o banheiro,
a cortina de golfinhos,
o azulejo neutro,
a água morna,
o sol na janela,
a luz apagada,
(gosto do efeito).

o quarto,
as roupas esperando,
o desodorante,
o tempo passando,
a toalha (molhada) na cama,
-pegará um resfriado se não vestir a camiseta!

tudo conspirando.
a psicodelia,
a melodia,
o mecanismo,
"o pacifismo domina meu peito!"
"preciso colocar uma camiseta!"

tudo combina,
a camiseta regata branca,
a calça jeans semi-apertada,
o all-star branco lavado.

ela nem sabe o que vai acontecer.
eu sei.
estou pronto pra surpreendê-la
e você, continua falhando.

sábado, 23 de maio de 2009

saudade, garota.

é, eu sei, não faz tanto tempo
mas não sei bem o que sinto
só sei que sinto sua falta, garota

três da manhã e eu não tenho o que fazer
não sinto sono, tenho vontade de te ver
as rimas saem fracas e com pouca expressão
mas eu preciso dizer o que está no coração (eu disse)

sentir teu cheiro
teu gosto
mais uma vez
talvez amanhã, talvez.

mas vou me contentar com as lembranças
enquanto o grande dia não chega
pra eu ter comigo a liberdade tão almejada
e te abraçar de um jeito antigo, mas não esquecido.
saudade, garota, saudade.

terça-feira, 19 de maio de 2009

the secret of universe

long ago
I met an old man
he told me how to live
the secret of universe

the old man was alright
we can cross the night
our minds will be our guides
and we won't walk the line

the second time
I met this older man
He told me to be careful
keep my feet in the ground

the old man was alright
we must try to walk
the line while they can see
and after, we could be

ourselves!

domingo, 17 de maio de 2009

poeminha

vejo todas essas pessoas
aspirantes a poetas
e me pergunto
será que essa fonte seca?

sábado, 16 de maio de 2009

Pela prole.

meus irmãos, tentei escrever em metáforas, mas não pude. meu cérebro tá muito óbvio hoje.
houve um cara que morreu por um causa. um não, vários.
mas esse cara, ele tinha ideologia. e ideologia, meus irmãos, vocês não têm.
acham certo chegar às seis da manhã e ligar a máquina e depois, às três da tarde, bater o ponto pra qu eoutro venha e continue a produção?
certo é, mas não é justo.
tem outro irmão nosso lá, gritando. e sabe por quem ele tá gritando? por vocês, seus filhos da puta, por vocês, que acham que ele está corrompido, os enganando. sabe quem é que tá corrompido? vocês, seus filho da puta, vocês.
são vocês que ligam a máquina do comodismo, deixando que ele, que tá gritando agora, se foder sozinho. ele tá lá, fazendo o que for, por vocês. por ele também, claro, porque ele é um de vocês. é um de nós. então, o que for pra ser feito, será feito.
vocês não têm consciência do poder que temos nas mãos?
não vêem que são essas as mãos de quem coordena de verdade essa porra de país?
não, vocês não têm.
e sabe o que eu sinto por vocês?
pena. é isso que eu sinto.

eu sei do meu valor, do meu poder, mas tô realmente cansado de ver gente como você achar que tudo é uma bosta, que tá todo mundo te enganando e você que tá de olhinhos fechados pondo leite no cerealzinho do seu filho.
seu filho depende de você, mas ele depende mais desse país.
porque você um dia vai morrer, e vai deixar essa terra pra ele. então, olha bem o que você faz, ou o que não fala.

isso se chama ideal, o que você não tem, ou nunca teve.
mas se tivermos sorte, seu filho terá um dia. e com certeza, ele vai jogar tudo isso na sua cara.


à um colega de trabalho, que me fez ficar com um aperto no coração depois de dizer uma frase.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

cadê a PORRA da criatividade que eu deixei aqui?

bom, tem gente me falando que sente saudades dos meus textos, tem gente me falando que sente saudade de mim, tem gente falando que me ama, tem gente resmungando que me odeia - pelas costas, claro! - mas enfim, eu resolvi aparecer.
e é quando eu penso "ah, meu blog está desatualizado!" que me dá mais preguiça de escrever. mas hoje não! hoje, eu quis me dedicar a essa lacuna virtual que me faz me sentir mais eu.

e é justamente quando eu venho até esta página que toda a minha criatividade some e eu não consigo escrever, meus amigos!

domingo, 26 de abril de 2009

Eu nunca mais vou confundir o seu nome.

ah, eu acho que consigo ver
por trás de seus olhos castanho-esverdeados.
parece que você está
sentindo alguma coisa diferente.

talvez, eu esteja bebendo demais
talvez, meus cigarros sejam curtos demais

mas você
sente alguma coisa ao me ver!
e eu sinto alguma coisa,
cada vez que você
sente ciumes de mim, yeah yeah...

aaaaah, melissa
eu nunca mais vou confundir o seu nome!
aaaaah, melissa
tenha certeza, eu quero ser o seu homem

talvez, o clichê do refrão é demais
talvez, os meus rocks não te fazem pular
mas sei,que o meu coração já é teu
e o seu coração
mesmo sem querer já é meu, yeah yeah...

aaaaah, e eu me entrego!
acabo atirando no escuro de novo
aaaaah, mas no fundo
eu gosto e te procuro de novo

______________________________
pra ela, que desacreditou.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Curtir, Cultuar, Cultivar

Sabe, a frase que eu mais ouço de tempos pra cá é "eu estou bêbado". Mais ouço, mais leio, mais falo. Estar bêbado virou uma arte, um ofício. Ou até mesmo uma moda, mas tá rolando.
digo isso porque estar bêbado é a única maneira de rir mais das coisas que não ria tanto, falar mais besteira do que você costumava dizer, trançar as pernas ao caminhar, ou até mesmo, sendo mais realista, passar boas horas com pessoas que você gosta, sendo o durante mais legal que o depois.
Hoje em dia, ando muito liberal, o forfun reforçou minha idéia de que ser lúcido num mundo onde é todo mundo louco não vale a pena. O que importa mesmo é sair da frente do computador, passar noites nas ruas, vagando, tomar uma cervejinha com os amigos, estar com quem se gosta, fazendo o que se quer, na hora que quiser, cultuar o verde, cultivar verdadeiras amizades, curtir a vida.
É, parece que eu criei um lema.

terça-feira, 24 de março de 2009

aah, mudernidaade.

bom, não tô aqui pra defender ou apedrejar uma causa, mas em alguns minutos de fraqueza que eu passei na frente do BBB, pude chegar à conclusão de uma coisa: a homossexualidade, atualmente, está quebrando barreiras.
Não que hajam gays na casa, sei lá se tem ou não, mas o que me chamou atenção foi o fato de Flávio, por estar emocionado com o comentário de Pedro Bial, ganhar um beijo no rosto de Max, seu amigo lá de dentro.
Falando assim, parece até site de fofoca, mas quem lê o que eu escrevo (os poucos) sabe que eu não sou destes. Sendo assim, esse fato me fez chegar a tal conclusão, baseado na atualidade, ou seja, há alguns anos atrás, menos de dez, um homem dar um beijo no rosto de outro homem que não fosse da família não era digno de respeito.
Hoje em dia, os jovens, principalmente, vêm se relacionando bastante com pessoas do mesmo sexo. Não é questão de preconceito, tenho vários amigos que praticam tal ação, mas acho que a maioria não vai fazer isso pra sempre, e alguns vão até se arrepender quando estiverem com uma idade consideravelmente alta.
O fato é que, graças aos gays, bissexuais e afins, a população está mais compreensiva, a ponto de se poder fazer o que Max fez em rede nacional sem nenhum preconceito.
O mundo está mudando, as mentes estão mudando, alguma coisa está acontecendo, mas ainda é cedo demais pra descobrir.

Beijos (R)

quinta-feira, 12 de março de 2009

bom, vou ser o mais explícito possível. sem rodeios e metáforas.

já visitei seu profile umas duzentas vezes só hoje, olhei todas as suas comunidades, ouvi "World Away" umas cinco vezes seguidas só porque tem alguns versos que lembram você, olhei as fotos que você me mandou, senti o cheiro do seu perfume na minha camiseta e em mais alguns lugares, levei bronca umas três vezes no trabalho por estar distraído, deixei oito cabines com defeito por não prestar atenção, suspirei duas vezes, sonhei duas vezes com você em cochilos de dez minutos, tentei puxar assunto três vezes com alguém só pra contar o que estou sentindo, e agora estou aqui, pagando de ridículo na internet pra você ver que eu realmente gosto de você e realmente quero te ter.

é, eu sei que você gosta de ser mimada, mas tudo isso é verdade, e eu te quero pra minha garota.

sábado, 7 de março de 2009

Teorias e Fraquezas.

Bem, agora, depois de tudo isso, às duas e dezessete da manhã, vou pausar esse circo de força e auto-suficiência pra apresentar minha maior fraqueza; e vou apresentá-la contando uma história, real.

"Há alguns anos (três, quase quatro, pra ser mais preciso) eu conheci uma garota. Não me convém citar nomes, ela tem a vida dela e eu a minha. Esta garota era muito bonita, e eu quis, com toda minha mentalidade infanto-juvenil, conquistá-la. Ótimo. Criei coragem e fui conversar com ela. conversamos por um dia inteiro (quase dois, pra ser mais exato), até que eu consegui realizar a façanha. Maravilha.
Além de muito bonita, esta menina era muito inteligente, e eu me encantei de verdade por todas as suas idéias, seu jeito de falar, seu jeito de caminhar e todo o resto. Um dia inteiro ao lado dela era pouco pra mim. Ela demonstrava um afeto por mim, e eu demonstrava devoção por ela.
Ficamos juntos por uma semana, e quando eu digo juntos, é juntos mesmo. Ela chegou a reclamar de como eu "grudei"e de como eu podia ter ditoa frase "eu te amo" pra ela? Foi o primeiro baque.
Quando a semana acabou, chegou dia 10 de janeiro, e ela teve que ir embora. Não achei nem um pouco legal, mas concordei. Ela não me fez nenhuma promessa, nenhuma jura de amor, nada, mas me deu um presente. Me ofereceu algo dela, um objeto que não convém falar, mas que pra mim significou muita coisa. Ela só me deu aquilo e foi embora.
Por mais uma semana eu mantive aquilo comigo. Eu era um guardião, um protetor. E sofria um pouco cada vez que eu passava pelos lugares onde ela costumava estar, e ela não estava.
Foi aí que apareceu outra menina. Muito bonita.
Me deu mole. Ótimo. Mas eu não retribuí. No começo.
E então, uma grande amiga minha me disse:
"por que você ainda sofre tanto? esquece. Não vai dar certo. Não adianta, amor de verão não sobe a serra."
Eu acreditei.
Guardei o objeto que até então eu carregava comigo e fui conversar com a outra.
Muito interessante também, ótimo, ficamos.
Esta também foi embora, mas dessa vez não sofri. Me mantive forte, com o "foda-se" na cabeça.
Outra apareceu, eu fiquei.
Acabou que eu também tive que voltar. As férias acabaram e eu voltei pra casa.
Foi aí que eu voltei a falar com a dona dos meus pensamentos, e eu contei pra ela sobre minhas intenções. E, pra minha surpresa, ela não aceitou.
Ela me falou que sabia do que tinha acontecido, e que pra ela, aquilo não foi um amorzinho de verão.
Meu mundo desabou.
Como pude ser tão imaturo? Como pude estragar o início de um sentimento tão bom?
Essas eram as perguntas que vinham na minha cabeça. Eu me torturei em pensamentos.
Mas, o tempo passou, eu superei. Na verdade, em partes.
Alguns meses depois, fiz 15 anos, e uma festa, em que a convidei, e para minha surpresa, ela foi.
Fiquei muito feliz de poder vê-la. Minhas pernas tremeram pela primeira vez quando eu a vi, com duas horas de atraso, no lugar combinado.
Ótimo, curtimos a festa.
No outro dia, liguei pra ela e convidei-a pra sair. Estava na cara o que eu queria. Ela aceitou, eu fiquei mais feliz.
Fomos ao cinema, no dia marcado. Ela me fez um origami de coração, me disse pra esperar o filme acabar (inclusive créditos) pra poder sair, colocou o cabelo para trás, demonstrando interesse. Apenas sinais de que estava esperando que eu fizesse algo. Eu não fiz. Tive medo.
Mas ainda sentia algo. E era forte.
Foi só na hora de ir embora que eu (depois de ter despedido, virado as costas e andado uns dez metros) resolvi fazer alguma coisa.
Corri, puxei seu braço e a beijei. Estilo cena de cinema. Me orgulhei de ter sido corajoso o suficiente, e adorei aquilo.
Passei a semana toda pensando nela. Liguei para ela algumas vezes, tentando combinar alguma coisa, mas ela sempre me dizia que não dava. E se passou uma semana, duas, três, quatro.
Então, resolvi fazer alguma coisa.
Liguei pra ela e tentei conversar, expliquei o que eu sentia e pra minha surpresa, ela não retribuiu.
Meu mundo caiu novamente.
Suas palavras me perfuraram, me senti um idiota por gostar tanto dela. Mas no fundo, pensei: "talvez ela tenha sentido o mesmo quando descobriu o que eu havia feito, meses atrás. É justo."
O tempo passou, eu esqueci. Ela seguiu feliz, ainda segue. Eu também."

Hoje em dia, falo muito pouco com essa garota, mas ainda assim, agradeço por ela ter existido, pois foi por ela ser tão especial e tão inteligente e com tantos pontos bons que eu sou o que sou hoje. Tudo o que eu aprendia naquela época era pra impressioná-la, como todo garoto com 14/15 anos. Mas mesmo assim, foi importante pra mim, todos os baques e teorias que aprendi.
E confesso, que até hoje, quando vejo apenas sua foto entre os nove primeiros do orkut, sinto um frio esquisito na espinha e minha respiração fica diferente, como agora.
Se ela estiver lendo isso, obviamente vai saber, então eu quero que fique aqui o meu "muito obrigado."
8 de março de 2009 - 03:08 da manhã.

domingo, 1 de março de 2009

Simples assim.

ah, a simplicidade.
as coisas são simples, e eu simplesmente cansei de buscar a intelectualidade.
pra quê saber disso, daquilo, se tudo que precisamos é simples.
precisamos conhecer nós mesmos. antes de tudo.
precisamos saber se precisamos saber tudo o que nos é ensinado, tudo o que nos é entregue, mastigado, pronto pra engolirmos.
precisamos saber onde é o nosso limite, onde é o topo, até onde nossa vista alcança.
precisamos nos conhecer. eu conhecer você e você me conhecer.
só quando nós soubermos tudo a nosso respeito poderemos começar a entender o que se passa ao redor, desde a vida próspera começando até a morte atenta a espreitar.
e ah, o equilíbrio. a morte e a vida. o equilíbrio simples.
a vida é uma equação com uma incógnita X. quando encontramos X, a vida acaba, simplesmente. A equação acaba, simplesmente.
E então, todos os nossos átomos estão prontos pra cumprir outra missão, alimentar outro biotipo que virá, pela terra. e nós não precisamos mais de mente, já não há energia eletroquímica rodando no nosso cérebro, já não há "vida", já não há nós.
E então, só há matéria orgânica em decomposição, a teimosa matéria orgânica em decomposição, que nos aparece tantas vezes nos dizendo: "estou aqui! me perceba!" e nós não nos damos conta, ou fingimos não ver.
Tudo o que somos são apenas ilusões de nossa mente. Não somos nada além de energia. Uma energia que pode cessar quando atravessamos a rua muito distraídos com nossa música preferida nos ouvidos e não percebemos o carro que há um segundo atrás estava há um metro de distância e agora está ocupando o espaço em que estávamos.
Já não somos nada.
Nunca fomos nada.
Simplesmente assim.
Então, precisamos nos conhecer, pra não passarmos batidos por aí, e ninguém dar a mínima pro nosso nome no obituário semanal.
A vida é simples. A morte também. 
Eu acredito no Auto-conhecimento e, depois, a Auto-destruição.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Como diria Meyer...

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim"


é, o tempo passou, assim como se passam segundos inconstantes pra formar um minuto, minutos inconstantes pra formar uma hora, horas incontantes pra formar um dia e dias inconstantes pra formar um ano.
Um ano se passou. Doze meses, trezentos e sessenta e cinco dias, oito mil setecentas e sessenta horas, quinhentos e vinte cinco mil e seiscentos minutos e trinta e um milhões e quinhentos e trinta e seis mil segundos. um ano, e sinto a mesma falta que senti depois de um dia sem você.
Não volte, você me ajudou a formar meu caráter, você está me ajudando a me tornar um homem responsável ou não, quem sabe um dia.
Um dia, quando eu estiver bem velho e não souber mais contar, vou lembrar de quando eu era moço e te ouvia dizer entre sons incompreensíveis a adultos: "Carpe Diem!"
Eu estou aproveitando, Kiko, por você.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

orgulho.

é, vou fingir que não vi. Fingir que não senti. Eu sei que ainda há uma forma de aliviar meu orgulho, mas não quero, poiso sou orgulhoso, egoísta e egocêntrico.
Sim, eu me amo, acho que tenho o controle de mim mesmo e sei que não preciso de você.
Tá, confesso que ainda é foda, não pra mim, porque sou forte, ou tento, mas é foda.
Mas ainda tem tanta coisa pra ver, sentir, provar, nem sei por onde começar. Só sei que a verdade é única, eu quero o mundo pra mim. É, eu sei que não é assim, mas eu quero, e ninguém vai me impedir.

"there's something that I need to feel
like breathing in sulfur."

essa vida amargurada, de sair por aí, e ser quem eu nunca fui, fazer o que eu nunca fiz, encarar de frente, saber a hora de parar, ou não parar nunca; é essa a vida que eu almejei.
estou fazendo com que o carrossel que a minha vida sempre foi gire cada vez mais rápido a ponto de me jogar pra fora e me causar um dano muito grave, mas que eu esteja bem o suficiente pra mais uma volta.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

um santuário;

sim, um santuário.
é lá que eu me descarrego.
mando embora meus demônios.
uso toda a minha força, e não sou o único.
grito, bato, apanho.
sinto minhas paixões à flor da pele.
me entorpeço de adrenalina na dor do nariz.
uso de artifícios nada artificiais.
tudo o que eu vomito no meio da roda sou eu.
escarro, sangue e suor, tudo no meio da roda.
mas não é só o meu. é o da roda.
todo o meu lado escuro.
tudo o que não é bom de se carregar.
todos os protestos, as manifestações.
todos os profetas, os messias, os salvadores.
todos estão lá, mas nenhum sequer liga pra mim.
me olham com cara de nojo, me avaliam.
me acham repugnante e sentem vontade de me esmagar.
eu sinto o mesmo.
isso me faz REALMENTE BEM
parece que não, mas
eu preciso de um moshpit.
talvez todos os fins de semana.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ás vezes ela vem e me cobre de um gosto salgado,
fortemente me agride o rosto e nem cobrindo a cabeça me protejo.
mas logo pára e não volta mais.

outras vezes, ela vem carinhosa e me acaricia as costas me fazendo cócegas.
até tiro a blusa pra aproveitar o momento, e isso leva horas.

tem dias que estou exausto, ela me vem e fica se exibindo na minha janela.
não tem como não olhar. é lindo vê-la passar pela rua.

em noites de insônia, ela canta para eu dormir,
do outro lado da casa.
é inevitável, o sono vem e me encaminha aos sonhos.

ah, como eu queria
que chovesse todo dia.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

se você soubesse ler.

se você soubesse o quanto você faz falta.
o quanto tá apertando agora!
o quanto eu queria que você só estivesse aqui,
só estivesse. só agora.

faz tempo, faz tempo que o teu tempo parou.
e o meu vem continuando aos poucos
aos poucos vou caminhando sem você do meu lado.
mas não tá difícil não, tá?

tudo bem, agora tá.

domingo, 11 de janeiro de 2009

perguntas.

e agora? em que devo acreditar?
todas as minhas teorias falidas desceram pelo ralo da pia enquanto eu fazia a barba.
mas nem me cortei.
pra onde foram todas as minhas esperanças de um mundo melhor?
e onde está aquela idéia que ia acabar com o capitalismo e gerar uma sociedade justa?
ah, bons tempos.
bons tempos em que eu queria ser politicamente correto, ter princípios e manter a honra.
- a honra eu ainda tento, confesso. mas não é fácil.
ah, mas agora eu me adaptei, agora eu ouço o que tiver, visto o que tiver, como o que tiver. me adaptei.
sabe quando você está cansado de fazer tudo do jeito certo?
justamente, me peguei assim. não gostei; hoje. antes era bom.
agora eu vou tentar não repetir piadas pra mim mesmo e ser um cara que, pelo menos, te paga um drink.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

desabafo.

é, eu voltei. mas não voltei pra você.
é, eu sei, eu devia me importar, mas não sei o que está havendo comigo, eu não me importo.
eu voltei pra mim, eu voltei por mim.
eu voltei pra poder deixar a barba crescer, ou cortar se eu quiser.
eu voltei pra usar uma camiseta rasgada, ou normal se eu quiser.
eu voltei pra poder por um piercing, ou dois se eu quiser.
eu voltei pelo gosto quente na garganta.
mas, o principal de tudo isso: eu voltei pra mim mesmo.
não por falta de amor, não, isso não. mas por falta de paciência de tentar mudar, tentar mudar e tentar mudar. eu nunca mudo.
se é pra alguém sair errado nessa história, por favor, que seja eu, pois eu acho que consigo me sujeitar às conseqüências, já que fui eu mesmo que procurei tudo isso.
por favor, não me aceite.
sem mais, lucas.