quarta-feira, 23 de setembro de 2009

é amor, é bobo e é clichê, mas é verdade.

pouco tempo, muitos planos, nenhum erro.
eis que de repente estamos eu e você, e a vida nos guiando, meticulosamente, passo por passo.
há alguns dias atrás, eu me achava ridículo por ter vergonha de passar os braços ao seu redor.
hoje, eu olho pra você e penso: "o que foi que ela viu em mim?"
penso que isso tudo tá sendo muito bom, pra nós, porque o passado muitas vezes não honra o nome, e volta, tentando ser presente. mas nós dois sabemos que isso é insignificante, e o que importa é o que somos um para o outro.
hoje, você pra mim é 50% da minha vida. os outros 50% se resumem em: 25% na segunda trilogia de Star Wars - que eu já tenho - e 25% na primeira trilogia de Star Wars - que eu terei.
e já que você é a parte mais importante desse todo, e que o amor é suficientemente incontestável e incompreensível, então, Penélope, eu acho que te amo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

o passado é uma coisa engraçada.
mesmo você querendo que ele passe, ele não passa.
mas quando você vira as costas pra ele,
você põe ele no seu devido lugar,
e ele larga do seu pé, pra sempre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

mar, doce mar
por que todos falam de ti?

será por causa da maré
que leva embora embarcações
amores de outras estações
que o tempo não deixou ficar em pé

mar, doce mar
por que nunca sei o que dizer?

todos olham pra você
admiram seu movimento
e até nos piores ventos
você tem seus encantos

e eu sentado num canto bem longe do mar
percebi num cante rasgado o verdadeiro sentido de amar
e antes que você me encante te digo
o mar será meu abrigo quando o mundo acabar

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos

A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente
Dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 já não fazem nenhum sentido,
As datas, fatos e aniversários passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos

Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê- la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

(O Meu Mundo Ficaria Completo (Com você) - Nando Reis)
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ah o amor, que há tempos não sentia.
aquela vontade de ficar perto,
aquele sentimento de querer bem,
aquela vontade de deixar o gosto da saliva pra sempre na boca.
aquela vontade de ficar ali, parado, observando prédios.
aquela vontade de não trocar aquilo por nada, nada mesmo.
aqueles planos pro futuro, ter filhos cabeludos e envelhecer juntos.
aquele medo de falar besteira, e acabar falando besteira por isso.
aquela risada sincera, depois de uma piada ridícula.
aquela barraca de pêras.
aquela música velha.
aquela cabeça no ombro.
aquele tróleibus confortável.

"eu não atravesso prédios, mas se quiser me dar a mão mesmo assim..."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

tem coisas que a gente não enrola
que pode dizer sem rodeios
como escrever meus anseios
num papel amassado de escola

te vi numa noite ingrata
quando tudo era chato e sem cor
e as tuas piadas sensatas
me fizeram crer no amor

e pela manhã descobri
o sol nos iluminou
e eu, palhaço que sou
só quero te fazer sorrir.