sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

palavras.

palavras. o que são palavras?
para todos, as palavras são um conjunto de símbolos que refletem em uma idéia na mente.

palavras são lidas.
palavras são lindas.
lidas, as palavras são lindas.
lindas, palavras tão lindas!
palavras lidas, lindas, foscas, toscas,
sem o menor sentido.
e sem ter tido o menor sentido,
você está entretido e achou divertido, ou não.
aodro brnicar ed plavlarvas.

domingo, 30 de novembro de 2008

os aniversários de Marilyn - Pt.1

ela entrou no metrô, com os olhos vermelhos, a roupa cheirando a cigarros, a maquiagem borrada, falando alto. feliz? não, alegre.
sentou-se do meu lado, descobri seu nome, Marilyn. descobri porque ela me disse:
- prazer, Marilyn. - me deu a mão direita. as unhas vermelhas sujas de asfalto. a mão esquerda segurava os saltos.
- olá - eu disse. ela olhou pra frente, continuou:
-hoje eu faço 25 anos! me dê os parabéns!
eu dei as congratulações. ainda com o pé atrás.
- o que você tem a ver com isso, né? você nem me conhece. mas você é um gatinho. - passou os dedos em minha boca. poderia ter continuado, se não tivesse vomitado em minha camisa de linho branco. fui tomado por uma raiva enorme. matei-a. tive todos os pensamentos mais sadomasoquistas e sombrios com ela. a matava lentamente enquanto ela pedia perdão pelos pedaços de comida no meu colo. e eu só dizia "tudo bem..." como um cidadão civilizado, politicamente correto faria. eu disse:
- onde você vai desembarcar?
- não sei, não lembro.
- vamos para a minha casa.

domingo, 16 de novembro de 2008

na pedra dos gaviões, uma mulher deitada, o nome é Maria. A dor conduzindo o filho terceiro nas garras do mundo seguia, vai nascer outro homem, ouviram?! vai nascer outro homem!
e seu nome é Stanley.
Mais um homem pra trabalhar na cidade sem sol.

(Morte e Vida Stanley - Cordel do Fogo Encantado)

domingo, 9 de novembro de 2008

da inspiração;


penso que a inspiração seja apenas o ato do artista humilde de atribuir as congratulações de seu trabalho a outro fator.

em suma é isso.

domingo, 2 de novembro de 2008

tá tudo
girando
escrever,
desabafar,
vomitar,
regurgitar
tá tudo virando
uma coisa só.

tem horas que eu queria ser kurt kobain.




lá, lá fora talvez haja algo que não sei o nome.

mas que me entorpeça a ponto de não lembrar meu nome.

sábado, 1 de novembro de 2008

Hoje acordei meio Tyler Durden

"oh baby, don't stop!
bury me, and fade to black!"

sabe aqueles dia que você acorda entediado e quer lutar, bater em alguém, apanhar, sangrar, fazer sangrar, estilo Tyler Durden?
então, tô assim hoje.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

leia ouvindo: Um Refrão Mudo Para Um Amanhecer Surdo - Nenê Altro e o Mal de Caim

Desliguei o computador. Troquei de roupa. Estendi o cobertor, depois o edredon. Abri o baú, peguei o travesseiro. Coloqueio os fones de ouvido. Deitei. Apaguei a luz. Apertei o play.
Não senti nada nos três primeiros acordes, mas então, à tona veio tudo nos meus olhos fechados e parecia me guiar cordialmente por um castelo sombrio e cheio de névoas. Me senti à vontade.
vi sorrisos sinceros de cadáveres em decomposição, vi o luxo da nobreza passando por cima de seus escravos de guerra. vi crianças mortas correndo nos Campos de Centeio. Vi crianças mortas ao chão da faixa de gaza.
E então, vi uma senhora muito velha e muito branca. ela tinha um gorro preto que cobria sua face. Logo percebi, era a morte. Ela chegou mais perto e me sorriu com um Olá amigável. Então senti seu perfume sutil e ela não era mais tão feia. Tornou-se uma moça perigosamente bela e eu caí em desgraça - me apaixonei.
Não senti dor, nem cócegas, nem náuseas, nem cólera. A morte é minha amiga, parceira de longa data. Está comigo desde o meu nascimento, mas até então nunca tinha a visto.
A música acabou, só me resta agora dormir e sonhar. Sonhar com flores ou pássaros, pois já que acordado vi o que muitos não vêem dormindo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

alguns dos pensamentos principais resumidos

eu não acredito que levei dezessete anos pra descobrir que não acredito em deus.
na verdade não é bem assim, eu acredito, mas não como todo mundo tá acostumado a acreditar.
parece que agora virou moda não acreditar em deus, virar gay, bi, ou algo assim. mas ah, como eu quero viver mais trinta anos só pra ver se essa mulecada vai continuar beijando gente do mesmo sexo. não é preconceito, é a realidade. e deus tem tudo a ver com isso.
pra mim, deus é uma coisa que está no nosso subconsciente, um sentido, como o olfato. logo, quando cheiramos algo, sabemos o que é, ou se o cheiro é bom ou é ruim. com deus é a mesma coisa, quando sentimos algo, logo vem deus e te aponta se é bom ou ruim. é como um "pré bom senso" que todo mundo nasce.
então, deus é o que nos faz fazer o bem ao próximo e a nós mesmos, não importa as ações. mas isso é do subconsciente, me entende? logo, não preciso de nenhuma religião, porque deus sou eu e não os outros, o pastor ou o padre.
tá, e o homossexualismo? dá no mesmo. a religião condena, os jovens contestam. pra uns, tá errado, porque o homem foi criado para ser e ter a mulher e vice versa.
primeiro: o homem não foi criado, é tudo uma metáfora pra contar a história do big bang pra pessoas analfabetas. ou uma lenda regional que se espalhou e tomou essa dimensão.
segundo: o homem é um animal, e a única coisa que o difere dos outros é a sua capacidade racional.
terceiro: a raça humana precisa se reproduzir pra perpetuar a espécie.
pra mim, sinceramente, enquanto o homem usar sua inteligência pra fazer um casal gay ter filhos adotando-os, ou por inseminação artificial, não há o que chamam de pecado, nem inferno, nem céu, nem nada.

domingo, 19 de outubro de 2008

Eu não sou Anitelli mas quero tentar

Notas de um observador:
tanto tempo perdido pensando no que escrever, como escrever, quando escrever e quanto escrever. e tudo estava ali, embaixo do meu nariz. Eu não sou Anitelli mas quero tentar.
Tanta gente todo dia se perguntando onde esse mundo vai parar, mas ninguém sabe nem onde está a faca pra cortar o pão. Criticar, sim, criticar. É fácil. é sentar no próprio rabo pra falar do rabo alheio.
E mesmo não senod Anitelli, mesmo citando Gil, o mundo tá ficando mesmo pequeno demais, não cabe mais tanto egocentrismo, solidão e orgulho neste humilde e miserável planeta.
pensemos: Antes, havia uma caixa bem grande que servia pra unir a família e assistir o noticiário. nos domingos, a família se reunia em frente a tevê para assistir o Silvio Santos.
Hoje, o silvio ainda existe, mas a tevê mudou. Agora, é um pequeno aparelho digital que deixa cada um em um canto, assistindo sua tevê. Um aparelhinho comprado em quarenta e oito vezes, sem entrada e sem juros.
Financiamento de Playstation 2. Compre, pague, use, morra. S O Z I N H O.
E já não mais amor.

leia ouvindo: Hoodoo - Muse

e então ele caiu do cavalo novamente, mas dessa vez doeu.
ele acordou assustado com a dor, e o relógio despertava 5 horas. ele bateu no relógio e o relógio não parou, bateu de novo e nada. ele pensava: "merda de relógio, merda de dia, merda de trabalho."
ele tentou puxar da tomada mas não conseguiu, então caiu na real:
"esta é a minha casa! onde está emily, o que eu faço aqui?!"
levantou da cama e espreguiçou para alcançar as idéias,e o relógio apitando. olhou pra cama: ele ainda estava lá. pálido, abatido e não respirava!
ele estava morto, e parecia ser há muito tempo. mas se estava morto, como estava de pé? e por que? por que morrer agora? ele não estava velho, ou doente. por que? por que?
então, no meio dos questionamentos, ele ouviu passos, marchando em sua direção.
da janela do seu apartamento, viu um exército de demônios, vindo do céu negro.
o mais feio, mais monstruoso, mais sujo, mais horripilante, chegou até ele e disse:
- você é nosso.
ele sentiu medo. suas mão suaram, mas quando menos percebeu, sentiu as mãos de emily segurando nas suas e então, não fazia diferença amar no céu ou queimar no inferno.
FIM

sábado, 11 de outubro de 2008

leia ouvindo: City of Delusion - Muse

Emily olhou para Jonh e disse:
- que desperdício de vida. olha pra tudo isso. é tudo nosso, e não soubemos aproveitar. preferimos ficar enfurnados em nossas casas feitas de concreto que nunca se dissipa, a ver luzes coloridas que dóem os olhos. apesar que a tv também é feita de luzes coloridas que dóem os olhos, mas assim é diferente. assim sentimos as luzes, e as luzes nos sentem, pois são todas estrelas. e eu sei que eu não estou falando bobagem, pois sou eu que faço as regras da minha vida agora, e você também. e até parece que eu vivo pra sempre, mas se eu morrer e o céu for assim, nõ me importo, pois saberei que fiz a coisa certa.

leia ouvindo: Exo-Politics - Muse

acoradaram pela manhã com o cheiro dos cadáveres. nenhum recentimento, nenhuma tristeza. apenas o cheiro forte de matéria em decomposição.
mas de repente algo os chamou atenção. parecia um desfile. muitas trombetas anunciaram a chegada dos três cavaleiros, que os trouxeram para a cidade desconhecida.
o cavaleiro principal parecia decepcionado, mas não trazia nenhuma ordem de prisão, ou busca.
bateu na porta. John atendeu:
- pois não?
vocês estão expulsos do Paraíso.
-Paraíso?
-sim, podem ir. têm este cavalo e mais nada, peguem suas coisas e vão.
-não temos nada pra pegar, vamos Emily.
subiram no cavalo e foram em direção ao universo.
num galope muito rápido, atravessaram o céu e estavam agora no doce e eterno universo. não tinham nenhuma regra a seguir. não lhes restavam nada a não ser a noite eterna.
cavalgavam e cavalgavam, sem cansar, adoravam ver aquilo tudo. todas as cores eternas do universo. se sentiam bem, mais do que em qualquer outro lugar.

leia ouvindo: Assassin - Muse

ele entendeu a ordem e aceitou. tirou a camisa para parecer mais forte e pegou a arma.
saiu na janela e atirou.
atirou em todos, perdeu o controle, matou todo mundo, e não parava de atirar.
sentiu prazer em fazer aquilo, não estava nem aí se estava cometendo algum pecado, mas pecava. matou, atirou, feriu.
como pode algo tão insignificante dar tanto poder a uma pessoa?
como pode uma pessoa tão insignificante ficar com tanto poder quando usa um destes?
ele não sabia, mas atirava.
o assassino acabara de nascer.

leia ouvindo: Invincible - Muse

Ele acordou e a casa estava arrumada. Caminhou devagar e lembrou que não sabia o nome dela.
Eles fizeram sexo e ela não sabia o nome dela! Como isso pôde acontecer?!
Chegou na cozinha e viu a garrafa de café. Pegou um copo, se serviu. Tomou o café, abriu a torneira e balançou suavemente o copo embaixo da água. Depois, colocou o copo de volta no lugar que achou.
Nem sinal dela. Será que havia ido para o quarto? ou trabalhar? Ele não sabia. A única coisa que sabia é que a amava. Disso ele tinha certeza. Mas não sabia por que.
Chegou perto da porta e achou um blihete. Uma letra feminina dizia:
"eu não sei por que praticamos tamanha besteira, estou indo embora, o café está na mesa. vou seguir minha vida sem você. talvez você não seja o homem da minha vida, como eu disse. eu me iludi. mas vivi de ilusões minha vida inteira, então que seja. se quiser ainda me dar adeus, me procure, você sabe onde eu fico, mas também, você só sabe isso de mim, nada mais. Sem mais, adeus, Emily."
ele dobrou o bilhete em dois, guardou no bolso, e foi até o beco.
chegando lá, ele adentrou a casa noturna e berrou:
- eu quero falar com Emily!
o segurança do local disse:
- senhor, não faça escândalos.
ele respondeu com uma certa selvageria:
- eu não quero saber dessas porras de regras, eu nem sei se estou vivo! vá se foder! a única coisa que eu sei é que eu amo essa mulher e sei que ela também me ama. Emily, por favor, venha comigo.
Ela ouviu, ele conseguiu.
Ela foi em direção a ele e disse:
- me leve daqui, rápido.
A dona do bar olhou pra ela e disse:
- se você sair por esta porta com este homem, nunca mais voltará.
Emily olhou nos olhos da patroa e disse, convicta:
- ok, não preciso deste emprego de merda.
John olhou pra Emily e disse:
- Não há ninguém como você no universo. Me perdoe por qualquer coisa que eu fiz, ou não fiz.
Emily respondeu:
- eu te amo, e acabou.
A patroa gritou:
- chamem a polícia, eles roubaram meu estabelecimento!
eles correram como nunca. Jonh olhou para Emily e disse:
- estamos fodidos...
- juntos somos invencíveis. - Emily o cortou.

Mais tarde, escondidos na casa de Emily, foram surpreendidos pela chegada da polícia. Os oficiais gritaram do lado de fora:
- saiam com a mão pra cima!
Emily olhou pra John e ordenou:
- Mate todos.
- como assim?!
- eu te ajudo.
Emily abriu o guarda roupa e tirou uma submetralhadora.
-Mate.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

leia ouvindo: Soldier's Poem - Muse

chegaram à casa dela e ela o beijou. de uma maneira tão violenta que teremos que imaginar tudo bem lento. não sabendo o que fazer, mas gostando, ele retribuiu. estavam adorando este ataque adolescente. entre sapatos, meias e vestidos, tropeçaram, cairam, rolaram, tiraram suas vestes e subiram no sofá. sem parar de se beijar. entre carícias, derrubaram todos os enfeites da mesa de centro: o vaso, as revistas, o porta-retrato com a foto do papai-noel, e então, quando subiram na mesa, ela também se foi. e eles rolaram pelos cacos de vidro sem sentir nenhum arranhão (embora ele não pudesse notar a diferença dos cacos de vidro para as unhas da moça).
ficaram de pé, pisaram no tapete, escorregaram, cairam de novo. mas nada atrapalhou.
na parede desta vez, os quadros foram ao chão.
e então foram em direção à cozinha. Mais vidro quebrado entre gemidos; não de dor, mas de prazer.
e então o ápice. o ápice.
eles dormiram abraçados no corredor.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

leia ouvindo: Map of the Problematique - Muse

então, a música mudou, e nisso, ele tomou uma atitude. foi até o balcão e puxou assunto com a moça.
disse:
-o que uma moça tão bonita como você faz num lugar sujo como esse?
ela não olhou em sua face e continuou contando o dinheiro. mas respondeu:
-trabalha.
-não precisa ter vergonha. vou começar de uma forma mais agradável. eu sou John. não sei porque estou aqui, vim de um lugar distante, trazido por três cavaleiros...
ela olhou em seu rosto assustada:
-o que?! então é real!
-como assim?
-venha.
ela o levou de volta para o beco. já estava escurecendo e o beco se tornava mais assustador. mas ela parecia acostumada. continuou:
-você é o homem da minha vida!
-você só está complicando mais...
-é assim: eu há muito tempo tive um sonho em que vinha pra cá carregada por três cavaleiros, e as pessoas me olhavam de uma maneira diferente...
-foi o que aconteceu comigo!
-sim, nós somos o tal casal que eles dizem tanto. somos os deuses salvadores. só nós sabemos como sair daqui, e isso é o que eles mais querem.
-entendi.
-agora vamos pra casa, tá ficando tarde.
-mas e seu emprego?
-eles precisam de mim, eu sempre faço isso, eles me amam.

domingo, 5 de outubro de 2008

leia ouvindo: Supermassive Black Hole - Muse

mas um beco o chamou atenção. era a única parte escura da cidade. ele entrou. todos o olharam de uma maneira estranha, de "o que ele está fazendo lá? ele é louco?!" mas ele entrou.
foi seguindo até o fim da escuridão do beco, quando viu um fecho de luz vermelha no muro escuro. era uma porta aberta, uma casa noturna.
ele adentrou a casa e viu mulheres dançando em cima dos bares, homens entrando em êxtase e pagando até o que não tinham para que as mulheres tirassem a última peça de roupa.
em cantos, outros homens, engravatados, tomando drinks com suas dançarinas no colo.
mas nada disso o chamou atenção. até que ele notou que a atendente de caixa era um pouco diferente das colegas. ela estava com roupas um pouco maiores, cabelo preso e apenas uma maquiagem fraca para dar um tom neutro em seu rosto e disfarçar imperfeições como sardas e pintas que não gostava. e ele só a observou enquanto tomava um drink. só observou.

domingo, 28 de setembro de 2008

leia ouvindo: Starlight - Muse

os cavaleiros o guiaram para um mundo distante. mas pra ele tanto fazia. era uma estela muito brilhante. o cavaleiro disse:
-você está na estrela mais brilhante do seu céu da terra. vá, faça o que quiser.
ele desceu do cavalo e não agradeceu. caminhou lentamente e prestou atenção nas coisas.
tudo era igual à terra, as pessoas eram iguais. letreiros luminosos mostravam produtos que faziam mal á saúde, muito neon, dinheiro e futilidade. mas ele apenas observava.
parecia las vegas, ou a times square. as pessoas olhavam pra ele e o cumprimentavam, parecia alguém importante. um político.

leia ouvindo - Take a Bow - Muse

ele sentiu o prazer de voar, caiu do cavalo.
não caiu, flutuou. apenas flutuou, sentiu a alma, a essência, era como o paraíso, "mas ele existe?" não sabia. não sabia se era certo, errado, mas existia, ele sentia, se é bom ou não não se sabe ao certo, mas ele girava, e quanto mais ele girava, mais ele queria girar. ele estava fazendo o que queria, e o que ele mais queria fazer naquele momento, girar no espaço gradativo de sua alma. ele se sentiu bem pela primeira vez na vida. pra ele não fazia diferença viver na terra, amar no céu ou queimar no inferno, ele se sentia bem.

leia ouvindo - Knights of Cydonia - Muse

chegou nas janelas e viu três cavaleiros vindo do céu em sua direção.
o do meio carregava uma enorme bandeira azul e vermelha e uma lança, o do lado esquerdo carregava uma espada e um escudo de ouro revestido de diamantes azul e vermelho, o do lado direito tinha um arco e uma flecha nas mãos.
ele viu que os cavalos voavam mas não se espantou.
o cavaleiro disse:
-você descobriu o caminho para o nosso vilarejo. venha com a gente.
ele apenas concordou e subiu no cavalo.
eles voaram em direção ao céu, que parecia não ter fim. até que chegaram ao espaço, onde era escuro e haviam muitas estrelas, como nos filmes de ficção científica. Ele apenas admirou.
todas as galáxias girando em espirais infinitas, vermelhas, brancas, rosas, enfim, uma infinidade de coisas e cores, como se ele tivesse tomado alguma pílula para dormir. como se ele estivesse sonhando ou algo assim, mas não era a mesma coisa pois ele sentia o cavalo, o cavaleiro, as asas, o céu. e pra ele tudo era como o paraíso.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

leia ouvindo: Ruled by Secrecy - Muse

Seu trabalho era estressante demais, ele não estava contente. Ver toda aquela quantidade de barulho e sujeira acumulada, pessoas falando, ele não ouvia ninguém, apenas uma música.
essa música era muito calma e transmitia um pouco de tranqüilidade ao seu coração.
Mas de repente a música deixou de transmitir apenas e tomou conta do ambiente. A música mudou de tranqüila para muito agitada, e, com um solo de piano, sua mente parecia estar em transe. Mas não, era real, e a cada batida nos pratos da bateria uma vidraça se despedaçava, e ele se via cada vez mais livre daquele tédio monstruoso. tudo se movia lentamente, e mesmo assim ele não conseguia acompanhar com os olhos. Todas as suas ferramantas caíram no chão e ele nem se importou, fechou os olhos e foi em direção às vidraças. Ele trabalhava no segundo andar.

sábado, 20 de setembro de 2008

poema do ataque

trancar os portões quando o melhor é agir
se falhar na missão só me resta fugir
me arrancam do meu lugar,
me exploram e cospem em meus pés
só me concentrarei em atacar
enquanto lanças me explodem no peito

tem gosto de pólvora ou algo assim
explosivo ou manso como o fim
já não há mais onde ficar
e eu não tenho paciência de esperar

cuspo o escarro quente e amargo
da garganta
agora só me importa a vingança
quando ontem fui derrotado
hoje é outro dia, serei o primeiro

a explodir teus moinhos
e te deixar sem abrigo
e trilhar o meu caminho
por cima de tuas cinzas

e assim como te piso,
como fui pisado ontem (?)
já que por onde andei não me deixaram entrar
em seus castelos de cartas

e então caminharei sozinho
e meu exéricito triunfante de formigas
batalharão de sol a sol
até sobrar apenas um

e você pagará cada tributo
cada centavo de sua riqueza
tão falsa quanto tua certeza
de que um dia tudo seria seu.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

hoje passei muito tempo caminhando e sem meu ipod, o que resulta em mais tempo comigo mesmo. parei pra pensar, há tanta coisa pra se pensar, e tão pouco tempo pra raciocinar tudo o que a gente tem na cabeça...
sempre assim, é só eu perder uns minutinhos comigo mesmo que uma idéia nova brota, como num passe de mágica, em minha mente.
não sei se devo passar mais tempo sozinho, ou ouvir mais meu ipod.
talvez eu deva ouvir mais meu ipod, senão eu fico louco.
ou então deva queimar meu ipod, pra não perder meus neurônios.
ah, mas se você leu essas linhas aqui, manjadas como são, releve, esqueça tudo o que eu disse e vá ouvir música. afinal, música é bom.

domingo, 14 de setembro de 2008

escarlate asfixia

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

eu continuo,

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

e assim vai

inspiraexpira
inspiraexpira
inspiraexpira

e você nem percebe.

até que eu me canso:

inspiiiiiira
e pára.
tão estranho, esse meu jeito.
até eu estranho esse meu jeito.

sinto um tédio monstuoso,
uma vontade de sair,
um tremendo frio, um silêncio
e n s u r d e c e d o r.

estou errado
em parecer um idiota?
ah, mas eu gosto tanto!

só queria ser um poeta de verdade,
aí vocês me enteriam!

Um curto verso para um grande amigo

É tão difícil lembrar
Que só me resta esquecer
Que para continuar
Não vou pensar em você
Na minha cabeça, o seu nome a todo instante
Em meus sonhos você vem de tão distante
Pra me trazer de volta a paz
só de pensar que falta faz...
Em qualquer lugar você vem para me fazer crer
que mesmo longe estou perto de você
Mas mesmo assim não é o suficiente
pois eu já sei que não nos veremos novamente
e é tão difícil lembrar
dos meus dias com você
e meus dias sem você não parecem passar
E só me resta esquecer
Deixar tudo como está
e adormecer para tentar te encontrar

_________________________________

hoje me peguei pensando em você. e sinto falta.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

cale-se, cálice, chá, alice.

cale-se alice.
cale-se e tome o chá.

não vai adiantar
você esperar esfriar.

se esfriar vai virar água
o chá, alice.

o chá é água, alice, água com ervas.

eu pus o chá no cálice,
pra ficar bonito
no cálice, alice.

mas o cálice não serve pra por chá, alice.
não servem chá em cálices.

cale-se, lucas.

um condomínio, dois condomínios

Entre faixas brancas, asfalto e cansaço, percebi algo que me impressionou. Num lugar onde eu sempre passei, há um tempinho estavam construindo o que eu sempre pensei ser apenas um condomínio.

o fato é que de um lado existem dois prédios iguais, cercados por muros. nos prédios, humildemente construídos e decorados, já existem famílias (humildemente construídas e decoradas) morando. e neste condomínio não há nada além de um estacionamento.

do outro lado, há mais dois prédios, com piscina, quadra de esportes, churrasqueira, forno para pizza e tudo mais.



- tá, tudo bem, mas onde você quer chegar?



eu acompanhei essa construção desde o início, (passo por lá todos os dias) e sempre pensei que fosse um condomínio só, já que os prédios foram construídos juntos e pela mesma construtora.

porém, são dois condomínios, divididos apenas por um muro, o que me fez pensar "poder aquisitivo alto, esquerda; poder aquisitivo baixo, direita". Aí está minha indignação, e fica a pergunta:

como um ser humano pode comparar os outros e dividí-los como se fossem pedaços de pão?

terça-feira, 26 de agosto de 2008

textovelho.

Pois é, querida, estamos aqui hoje debaixo dessas luzes artificiais e sob o céu negro com poucas estrelas. "Todos estão aqui, mas não há ninguém." Foi o que seu amigo disse.Todo esse neon falso e sujopor trás dos letreiros não nos alimenta.E enquanto te espero sair, escrevo ao lado de uma menina à beira de um coma alcoólico.Entamos envoltos de desperdício, riqueza e pobreza.Vamos, meu bem, mergulhar de cabeça nessa piscina de sangue, vamos fazer de nossa vida uma coleção de cabeças pensantes. Vamos mudar o mundo, baby, apesar de a gente não vir daqui.Tudo está escuro, vamos clarear nossas mentes.Vamos viver bem, vamos ser nós mesmos. Vamos viver juntos, vamos mudar.A imitação da natureza é rarefeita e pobre como o vinho barato que aquela garota deve ter bebido.As luzes dos postes fazem as formigas morrerem de tanto trabalhar sem descanso. E não são só as formigas.Garota, estamos à beira do abismo, vamos construir uma ponte! Tudo isso pode mudar, mas só se a gente quiser.
_________________________

(A pedidos da Laís.
E não, não vou te dar esse texto!)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Não há mais o que fazer

chega, cansei. A partir de agora, quero ser seu cafajeste, seu canalha, seu filho da puta, pois sei que ser mocinho não adianta.
estou sentindo a libertinagem nos meus poros, misturada com suor e álcool, mas não me sinto mal, tenho certeza que estou fazendo a coisa certa, pra mim pelo menos.
não me importarei com teus defeitos ou qualidades, não me importarei com a qualidade do ar que respiro, com as calorias dos alimentos, com o teor alcoólico, com o número de neurônios perdidos ou com o meu tempo de vida.
a partir de agora, serei outra pessoa, serei o lobo da estepe, um adorável inconseqüente, serei Alex, serei Harry, serei Tyler, serei Burguess.
minha personalidade não te importa, não mais, agora.
quero beijar a boca do lixo, quero sentir o aroma de ratos, andar pelo meio fio, vagar na noite, fazer meu sangue tomar um ar.
quero ser uma pessoa pior. pior do que eu sempre fui. e não serão ensinamentos milenares que extravasarão minha obsessão pelo feio.

sábado, 23 de agosto de 2008

o título sempre vem por último.

"e então voltamos pra recolher o resto da foligem..."
é a frase que paira em minha humilde mente. eu estava com muita vontade de escrever, mas é só aparecer esta tela branca e em branco é muito difícil, me pressiona, mas vamos lá.
É impressionante a quantidade de idéias que temos quando não podemos exprimi-las. E o pior é que são todas boas!
são idéias de como acabar com a fome no mundo, a guerra, o dinheiro, idéias sobre Deus, sobre o homem. muitas vezes eu me pergunto se poderia ser uma pessoa comum, com desejos comuns, mas chego à conclusão que isso seria muito sem graça.
Mais legal é ter essa tempestade de idéias a todo momento, é estar em constante interrogação, é tentar achar respostas sim, mas não estancar as perguntas.
Você deve estar se perguntando: "tá, mas que que isso tem a ver com a primeira frase?" e eu respondo: nada. Mas é aí que está o ponto, naquela hora eu estava pensando em alguma coisa legal pra se postar no blog, então, desisti e comecei a escrever sobre minhas idéias, o que não é tão ruim, mas não vai importar bulhufas pra você que está aí sentado na frente do pc.
o que eu posso concluir é que não há conclusão, mas posso pensar sobre o caso.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

lacuna

vou fazer uma prece.
vou jogar minhas cinzas num cinzeiro.
vou pensar que te fazer sorrir me faz sorrir. e é verdade.
vou lembrar do meu cachorro e me fazer chorar, pra te fazer chorar. é verdade.

não, eu não rezo.
não, eu não fumo.
sim, é verdade, para as duas últimas afirmações.

ainda sinto medo, sinto frio
sinto muito, estou vazio.

domingo, 27 de julho de 2008

no deserto, reze;

"primeiro, antes de tudo, proteja o rosto da tempestade de areia. Depois veremos o que vamos fazer.
O que importa é que estamos num deserto a mais de quarenta graus célsius, mas não se preocupe, á noite isso inverte, fica frio.
quando tudo passar, urubus virão nos buscar, mas é normal, eles não devem ver alimento há semanas, mas não deixaremos que nos comam. É, antes eles que nós."

"mas, pai, não é por nada, mas eu tô com fome. Como a gente vai fazer pra comer?"

"Comer é psicológico. No desespero, até areia nos será bom. Prometo que quando tudo isso passar te levo no Mc Donald's. Mas continuemos a andar, nos filmes sempre aparece um oásis."

"oásis?"

"é, oásis. É um pequeno ponto no deserto que vende água."

"vende água?!"

"hahaha, é brincadeira, só tem árvores e um pouquinho de água."

"muito engraçado..." (irônico)

"é o mínimo, rir. se você tiver algo melhor pra fazer me diga"

"pai, eu sou um garoto de quinze anos, já sou crescido, já sei o que fazer sozinho, você só me atrapalha."

"ah, obrigado."

"pois é, se não fosse você, não estaríamos aqui."

"não estou nem ouvindo o que você diz, aliás, tá tão quente que eu não estou conseguindo entender nada, tá tudo girando, ficando lento, eu só sinto caloooor..."

"pai? fala comigo! - (desespero) - pai?! você está bem? não adianta, o sol fritou o cérebro dele,ele não acordará. ele morreu se preocupando comigo e eu o criticando. sou um idiota."

(prende o ar e morre.)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

o mundo segundo eu.

E no começo, tudo era trevas.
Um elétron reagiu, explodiu. Era Deus, ou o que chamamos de. E fez-se a Terra. Não tão rápido assim, pra nós humanos, isso levou milhões de anos. Anos são conjuntos de 365 dias, ou quando a Terra dá uma volta completa em torno do Sol. O Sol é uma bola em chamas que nos fornece calor e luz, mas que está muito distante.
Mas quando a terra surgiu, outros elétrons reagiram, e fez-se a célula, a ameba, o macaco, e então, o homem. A ameba e o macaco ainda existem, isso eu não sei explicar.
O homem aprendeu a manipular as coisas, começando com as patas. Quando ele viu que podia andar com as traseiras, usou as dianteiras só para pegar objetos. As dianteiras ele chamava de mão, braço. As traseiras ele chamava de perna, pé. Ou murmurava.
Não faço a mínima idéia de como surgiu a comunicação entre os homens. Mas nem quero saber, pelo menos por enquanto.
Mas depois que o homem aprendeu a manipular, descobriu o fogo, depois a roda, depois a lança para caçar, e depois a faca.
O homem era feliz, caçando com sua faca, então veio outro homem pegar sua caça. esse pegou sua faca com uma ira mortal e partiu pra cima do outro homem. Começou a briga.
então, os irmãos do perdedor sentiram o rancor e criaram a pólvora. além de ser útil para caçar, poderia matar homens que atrapalhassem. Foi criada então a guerra.
Depois das trocas de carne por carne, o homem manipulou um mineral e chamou-o de ouro, decidiu então que um punhado de ouro valia um punhado de carne. Assim surgiu o dinheiro.
O homem dominou o dinheiro, e então, em busca de mais dinheiro, para mais carne, foi manipular outros homens.
Os homens que não questionavam, eram submissos e viraram escravos, o que hoje chamamos de mão-de-obra. É um termo mais bonitinho.
O homem juntou o poder com o dinheiro e agravou a guerra.
A guerra continua até hoje, quando homens mandam em homens e homens seguem suas ordens pra ter dinheiro.
Ainda espero que eu ou alguém faça algum elétron reagir e mudar tudo isso.

domingo, 13 de julho de 2008

primeiro;

Antes de começar, melhor eu me apresentar.
Meu nome é Lucas (tá escrito ali no cantinho), nasci em primeiro de junho de mil novecentos e noventa e um em São Bernardo do Campo.
Hoje tenho dezessete anos e trabalho, estudo e tenho uma banda.
Sou um cara que gosta de pessoas, que ouve e fala. Gosto também de livros e música.
Tenho um estilo próprio, não necessariamente sigo tendências de moda e comportamento, mas gosto de permanecer antenado.
quanto à música, ouço muito hardcore underground como Dance of Days e Sugar Kane, mas gosto de bandas barulhentas como Underoath e Avenged Sevenfold. My Chemical Romance também me faz muito bem. Bandas alternativas como The Mars Volta, Cansei de Ser Sexy e Bonde do Rolê me alegram.
Apesar de ter nascido na era da tecnologia - e adorar um computador - eu gostaria de ter vindo antes, lá pelos tempos de meus pais, pra poder sofrer a ditadura, gritar pelas diretas já e frequentar os shows de Raul Seixas.
Comecei com minha banda em fevereiro de dois mil e oito e desde então fizemos dois shows e temos algumas músicas em teoria.
Você deve estar se perguntando "e daí? não perguntei nada!", e eu te digo que esse é o mal da geração, as pessoas cada vez mais frias na frente da tela e sem querer saber de ninguém, além da sua própria conta de telefone no fim do mês. Mas, isso vai de cada um, eu não sou contra a internet ou o computador, mas sou a favor das cartas de amor e dos domingos na praça.
Entende?